sexta-feira, 23 de julho de 2010

Frases Contra o Aborto


É "de esquerda" ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o direito do Estado de matá-lo se ele der errado.




Matar não é tão grave como impedir que alguém nasça, tirar a sua única oportunidade de ser. O aborto é o mais horrendo e abjeto dos crimes. Nada mais terrível do que não ter nascido!



Absorto no dia-a-dia

nem percebí que o
aborto
veio em
forma de poesia


http://www.pensador.info/frases_de_aborto/

Tipos de Aborto

Aborto Espontâneo
Surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários factores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação se verifique
.


Aborto Induzido
O aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma gravidez.
Pode acontecer quando existem malformações congénitas, quando a gravidez resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, quando a gravidez coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por opção da mulher.
É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de acordo com a legislação em vigor (ver legislação).
Quando feito precocemente por médicos experientes e em condições adequadas apresenta um elevadíssimo nível de segurança.





Aborto Ilegal
O aborto ilegal é a interrupção duma gravidez quando os motivos apresentados não se encontram enquadrados na legislação em vigor ou quando é feito em locais que não estão oficialmente reconhecidos para o efeito.
O aborto ilegal e inseguro constitui uma importante causa de mortalidade e de morbilidade maternas. O aborto clandestino é um problema de saúde pública.





Complicacões do aborto.
Embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são os riscos existentes.
Entre as complicações do aborto destacam-se as hemorragias, as infecções e evacuações incompletas, e, no caso de aborto cirúrgico, as lacerações cervicais e perfurações uterinas. Estas complicações, muito raras no aborto precoce, surgem com maior frequência no aborto mais tardio.
Se nos dias seguintes à intervenção a mulher tiver febre, com temperatura superior a 38ºC, perdas importantes de sangue, fortes dores abdominais ou mal-estar geral acentuado,deve contactar rapidamente o estabelecimento de saúde onde decorreu a intervenção.

Todos os estabelecimentos que prestam este serviço têm de estar equipados de forma a reconhecer as complicações do aborto, com pessoal treinado quer para lidar com elas, quer para referenciar adequadamente as mulheres para cuidados imediatos.
Não há evidência de que um aborto sem complicações tenha implicações na fertilidade da mulher, provoque resultados adversos em gravidezes subsequentes ou afecte a sua saúde mental.


http://www.aborto.com/tipos%20de%20aborto.htm

Complicações do aborto

Laceração do colo uterino provocada pelo uso de dilatadores.

Conseqüências:- insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no primeiro e no segundo trimestre (10% das pacientes);- partos prematuros, na 20ª ou 30ª semana de gestação.

Perfuração do útero

Acontece quando é usada a colher de curetagem ou o aspirador; mais freqüentemente, através do histerômetro (instrumento que mede a cavidade uterina). O útero grávido é muito frágil e fino; pode ser perfurado sem que o cirurgião se dê conta. É uma complicação muito séria

.Conseqüências:- infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade;- intervenção para estancar a hemorragia produzida;- perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas;- a artéria do útero, nesses casos, freqüentemente, é atingida, criando a necessidade de histerectomia (extirpação do útero), se não for possível estancar a hemorragia.


Hemorragias uterinas


Perda de sangue ou fortes hemorragias causadas pela falta de contração do músculo uterino. As perdas de sangue são mais intensas se a gravidez for avançada. Essas perdas são de 200 mil na 10ª semana de gravidez, 350 na 12ª, 450 na 13ª semana...

Conseqüências:- necessidade de transfusão de sangue;- ablação do útero, se a hemorragia não for estancada.

Endometrite (inflamação) pós-aborto (infecção uterina secundária, decorrente do aborto).

Apesar dos antibióticos administrados antes do aborto; há grande incidência de infecções e obstrução de trompas.Conseqüências:- esterilidade- Gravidez ectópica (fora do lugar apropriado).

Evacuação incompleta da cavidade uterina. Necessidade de prolongar a sucção e de fazer uma curetagem imediata.

Danos e conseqüências:- possibilidade de extração do endométrio (mucosa uterina);- formação de aderências no interior do útero e, como conseqüência, esterilidade, freqüentemente amenorréia (ausência de menstruação);- possibilidade de placenta prévia na gravidez seguinte, criando a necessidade de cesariana.

A chamada Extração Menstrual

É possível que a paciente não esteja grávida.

Pode ocorrer uma extração incompleta (o ovo freqüentemente não é extraído, tornando necessária uma curetagem).

Método das Laminarias

(tampão esterilizado feito de algas marinhas)

Pode ocorrer que fique preso tornando-se necessária uma histerectomia (extração do útero).

Conseqüências:- infecções graves por causa da presença de corpo estranho- as mesmas da histerectomia.

Solução Hipertônica Salina

Complicações muito sérias:- retenção da placenta e hemorragia (50% necessitam de curetagem).

As mesmas complicações que uma curetagem pode produzir, com o agravante de uma possível perfuração do útero e da formação de aderências;- infecção e endometrite (inflamação da mucosa do útero);- hemorragia;- coagulopatia e hemorragia abundante;- intoxicação por retenção de água; efeitos secundários do soro salino e da pituita que podem causar falhas de funcionamento do coração e morte;- perigo de entrada de solução salina na corrente sangüínea da mãe com efeitos mortais;- possibilidade de gravidez mais avançada do que a informada pela mãe e, na ausência de um exame sério, poderia abortar uma criança de 2 quilos ou 2 quilos e meio. Esse tipo de aborto apresenta um perigo dez vezes superior à curetagem. A mortalidade vai de 4 a 22 por mil.

As razões do aborto denominado terapêutico são uma contra-indicação para o aborto através de solução salina.

Histerectomia (extração total do útero)

Complicações:

Os mesmos perigos e complicações de toda cirurgia intra-abdominal: hemorragia, infecção, peritonite, lesões da bexiga e dos ureteres. Complicações variadas em 38 a 61 por mil.


http://www.aborto.com.br/complicacoes/index.htm

Aborto Induzido

Aproveitando o momento de grande discussão, venho aqui no blog deixar de certa forma nas entrelinhas, minha opinião sobre o assunto. Utilizando para isso a proposta que é Como Funciona.

O chamado aborto induzido ou aborto provocado, é feito utilizando-se procedimentos cirúrgicos ou então químicos, variando conforma o tempo de vida do feto.
O aborto químico ocorre pela ingestão de medicamentos, dificilmente encontrados na internet qual seriam por motivos óbvios, provocando a expulsão do embrião. Medicamentos esses baseados em uma grande quantidade de hormônios.
Não funcionando o aborto por medicamentos é feito a aspiração do útero a fim de retirar o feto, ou os restos que sobraram dele.
Outra forma, isso quando o feto já tiver um pouco maior, é a curetagem. Que consiste em introduzir um aparelho cirúrgico no útero cortando o feto em pedaços, sendo retirado um a um. Esse procedimento faz com que o médico tenha que montar os pedaços do feto do lado de fora para garantir que não ficou nenhum pedaço na interior da mãe, com o risco de causar graves infecções.
Existem pesquisas dizendo que o feto sente dor a parir da sétima semana de vida, o que tornaria o aborto um ato sofrido. Assim como também pesquisas afirmam que o cérebro ainda não está completamente formado se para ter essa sensação.


http://como-funcionam.blogspot.com/2009/03/como-funciona-o-aborto-induzido.html

Ter a gravidez terminando em aborto pode ser muito triste e penoso. As seguintes informações dirão os sintomas e tratamentos para os diferentes tipos de aborto. Talvez isto ajude a entender se tiver um aborto e é pouco provável que tenha feito algo para causá-lo. Existe uma boa chance de que seja capaz de ter um bebê na próxima vez. O que é aborto?

Um aborto é o final espontâneo de uma gravidez antes da vigésima semana. O termo médico usado é aborto espontâneo. Mais ou menos 20% de toda gravidez termina em aborto durante as primeiras 16 semanas. Muitos ocorrem dentro de 10 semanas. Algumas mulheres abortam mesmo antes de saber que estão grávidas; um atraso na menstruação pode ser o único sintoma. Como isto ocorre?

Muitas vezes é difícil saber exatamente a causa do aborto. Contudo, a maior parte dos abortos ocorrem quando os cromossomos do espermatozóide encontram com os cromossomos do óvulo. Muitas vezes o bebê (também chamado de feto) não se desenvolve por completo, ou desenvolver-se de maneira anormal. Em casos como estes, o aborto é a maneira que o corpo termina a gravidez que não está se desenvolvendo normalmente. Outras causas possíveis de aborto incluem infecção do útero, diabetes sem controle, alterações hormonais, e problemas no útero. Excesso de cigarro, álcool e drogas ilegais como a cocaína também causam o aborto principalmente no início da gravidez quando os principais órgãos do bebê estão se desenvolvendo. Um cérvix (parte baixa do útero) incapaz algumas vezes causa um aborto. Durante o trabalho de parto o cérvix dá abertura para permitir que o bebê saia do útero e passe através da vagina. O cérvix que começa a aumentar a abertura muito cedo pode resultar em abortamento. Muitas vezes, se o problema é descoberto cedo, pode ser tratado e para a gravidez continue. Uma queda da mãe raramente causa aborto pois o bebê está muito bem protegido dentro do útero. Complementando, não há nenhuma evidência que estresse emocional ou físico ou atividade sexual possam causar aborto numa gravidez normal. Quais são os sintomas?

Os possíveis sintomas incluem: - Sangramento da vagina. A quantidade de sangue pode variar de algumas gotas de sangue a sangramento intenso. O sangramento pode começar sem nenhum aviso ou pode apresentar um corrimento escuro primeiramente. - Dor como cãibra em seu baixo abdômen - Secreção abundante proveniente de sua vagina sem sangue ou dor. Isto pode significar que suas membranas se romperam (sua bolsa d'água estourou). Pode ser percebido algum material sólido passando através de sua vagina. Tente guardar este material para seu médico examinar. É possível que não tenha sangramento ou dor, mas o feto tenha morrido e os sintomas da gravidez já não existam mais. Como é diagnosticado?

Seu médico pode fazer um exame pélvico para checar o tamanho do seu útero e a condição do cérvix pedindo um ultrasom para ver se a gravidez está fora do útero ao invés de dentro dele. (A gravidez fora do útero é chamada de gravidez ectópica) ou mostrar se o óvulo nunca se desenvolveu em feto. Qual é o tratamento?

Se você apresentar uma ameaça de aborto, há uma chance de sua gravidez continuar. Haverá uma pequena quantidade de sangramento de sua vagina que muitas vezes é indolor, mas pode ser acompanhado de cãibras. O cérvix permanece fechado e o médico recomendará que permaneça na cama por 1 ou 2 dias. O descanso pode parar o sangramento e promover a continuação da mesma normalmente. Precauções especiais como parar com exercícios, descansar seus pés o máximo possível e evitar o relações sexuais pode ser necessário por várias semanas. Se o sangramento é causado por um cérvix incapaz, este pode ser fechado até a chegada do bebê, sendo também administrados medicamentos para relaxar o útero. O aborto torna-se inevitável se o sangramento e as cãibras continuarem e o cérvix começar a se abrir. Um abortamento inevitável significa que o feto morreu e nada pode ser feito para impedí-lo. O útero expele inteiramente seu conteúdo. Este é chamado de aborto completo. O abortamento é incompleto se somente uma parte do conteúdo for expelido. Uma dilatação e curetagem (D&C) ou procedimento de sucção pode ser exigido para remover o restante do feto e da placenta. Nestes procedimentos o cérvix é aberto e o tecido é cuidadosamente raspado ou succionado. Se o feto morreu mas não teve sangramento, seu médico pode pedir um D&C ou induzir o trabalho para remover o feto e a placenta. Quais são os riscos associados ao aborto?

Um aborto geralmente não colocará em risco sua saúde a menos que seja incompleto e caso isto ocorra sem ser diagnosticado e tratado, o sangramento pode continuar e o tecido deixado no útero pode infeccionar. A depender do tipo de sangue, o médico pode querer fazer uma imunização preventiva contra problemas que possam ocorrer em gestações futuras. Quando começar as tentativas de nova gravidez?

Espere para ter relações sexuais de 2 a 4 semanas após o abortamento. Os médicos normalmente recomendam esperar até que tenha passado pelo menos uma menstruação antes de tentar engravidar novamente, portanto é recomendado a utilização de alguns meios anticoncepcionais pelo menos até começar outro período menstrual. Também é importante esperar engravidar até conseguir lidar emocionalmente com a perda. Como saber qual foi a causa do aborto?

Não se culpe pelo aborto pois é pouco provável que tenha sido causado por algo que tenha feito. Por exemplo, abortos espontâneos não são causados por relações sexuais ou exercícios vigorosos. Mágoa, raiva, e sentimentos de culpa são comuns. Permita-se sofrer com a perda do bebê. Procure apoio dos amigos ou de outras pessoas que já tenham passado pela mesma experiência. É comum ter medo que seu aborto signifique que não será capaz de engravidar novamente. Lembre-se, contudo, que na maioria das mulheres a próxima gravidez é normal. Algumas mulheres têm repetidos abortos. (Uma série de 3 ou mais abortamentos consecutivos é chamado de abortos habituais). Estes abortos podem ser causados por algum desequilíbrio dos hormônios ou outra condição que pode ser tratada. Se teve 3 ou mais abortos, é importante que seja examinada para determinar e tratar a causa. O que acontece depois de um aborto?

-
Sua recuperação levará de 4 a 6 semanas. - Pode apresentar um ponto sensível e desconforto por alguns dias. - Se estiver grávida há mais de 13 semanas antes do aborto, pode ainda apresentar sintomas de gravidez e seus seios ainda secretarem leite. - Exercícios de baixo impacto, como a caminhada ou natação, não irão ferir. Exercite-se mais à medida que sentir-se melhor. - Normalmente seu médico verificará sua recuperação dentro de algumas semanas através de exames. Quando procurar ajuda médica?

Se você estiver grávida e tiver sangramento na vagina, com ou sem dor, chame seu médico. Se o sangramento for intenso ou você tiver dor forte, veja o seu médico imediatamente. Se estiver recuperando-se de um aborto, chame seu médico imediatamente se tiver qualquer um destes sintomas; -
sangramento intenso
-
febre -
calafrio
-
forte dor abdominal

http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3353&ReturnCatID=690

A legislação do Aborto no Brasil: Passado e Presente


No Brasil o aborto foi contemplado em legislação específica, pela primeira vez, no capítulo referente aos ?crimes contra a segurança da pessoa e da vida? do Código Criminal do Império

Até então a prática do aborto não era punida em qualquer caso: fosse quando a mulher recorria ao auto-aborto ou quando outra pessoa realizasse o procedimento. O Código Penal da República, de 1890, introduziu a punição das mulheres que praticassem o aborto. Mas estabeleceu atenuantes para os casos de estupro em que o recurso ao aborto visava a ?ocultar a desonra própria?. Também adotou a noção de aborto legal e necessário quando não houvesse outro meio de salvar a vida da gestante. O Código Penal de 1940 trata do aborto no Título I (Dos Crimes contra a Pessoa) Capítulo I (Dos crimes contra a vida), criminalizando-o em todas as hipóteses, exceto quando se trata de salvar a vida da gestante ou quando a gravidez resulta de estupro. Nos dois casos extingue a punibilidade, ou seja, o direito do Estado de punir a prática do aborto executado por médico, daí serem consideradas como hipóteses de Aborto Legal. A sociedade brasileira conviveu com esta lei restritiva, sem maiores contestações, até a década de 1970. A partir de então, a emergência do movimento feminista contemporâneo ? sintonizado com o que acontecia na Europa e nos Estados Unidos ? fez do aborto um tema cada vez mais público. Embora as condições determinadas pelo regime militar tenham limitado a visibilidade desta ação na agenda política brasileira, ao se intensificar a transição para a democracia, no final da década, aborto e sexualidade apareceram como pautas prioritárias da agenda feminista no país. A primeira iniciativa de reforma legal aconteceu em 1983, quando um projeto de lei pela legalização do aborto foi apresentado à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e rejeitado. Em 1985, no Rio de Janeiro, a Assembléia Legislativa aprovou projeto de lei que obrigava o serviço público de saúde a oferecer o procedimento nos dois caso previstos pelo Código Penal. O então governador do estado ? que num primeiro momento havia sancionado ? vetou o projeto. Mas a proposta de assegurar na rede pública de saúde o acesso ao aborto nos casos de risco de vida e estupro foi retomada pela administração municipal de São Paulo, que criou no Hospital do Jabaquara, em 1990, o primeiro serviço público para atender os casos de aborto previstos pela lei penal. É ainda importante sublinhar que diferentemente de outros países católicos que, entre os anos 1980 e 1990, experimentaram reformas constitucionais, a Constituição Brasileira de 1988 não adotou o princípio de respeito à vida desde a concepção. Em 1995 foi mais uma vez debatida e derrotada proposta de emenda constitucional que visava a incluir este princípio no preâmbulo da Constituição. Após 1991 foram apresentados no Congresso Nacional, mais ou menos em igual número, diversos projetos favoráveis ou contrários, seja ampliando ou restringindo os permissivos legais, seja com o objetivo de facilitar ou barrar o acesso aos serviços de saúde no caso dos dois permissivos vigentes. Em 2001 a deputada Jandira Feghali (PCdoB/ RJ), responsável pela relatoria do conjunto de projetos que propunham alteração do Código Penal, apresentou um substitutivo ao PL 1135/91, com parecer favorável à aprovação de todas as propostas liberalizantes e rejeição dos projetos restritivos. Merece destaque a ampliação do número de serviços de aborto para atender os casos legais no SUS ao longo dos últimos quinze anos. Segundo informações da Área Técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, são 51 serviços de aborto legal em funcionamento no país. A Norma Técnica de Atenção aos Agravos da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes, aprovada pelo Ministério da Saúde em outubro de 1998, foi um instrumento fundamental para garantir esta ampliação. No mesmo período, a crescente obtenção de diagnósticos da mal-formação fetal grave a partir da 12ª semana de gravidez, por meio de ultra-sonografia ou de ressonância magnética, também possibilitou avanços de jurisprudência. Desde 1990, cerca de três mil liminares foram concedidas autorizando a interrupção da gravidez nessas circunstâncias. Vale lembrar ainda que na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo-1994) reconheceu-se o aborto como grave problema de saúde pública. Um ano mais tarde, na Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher (Pequim-1995) foi adotada a recomendação de que os países revissem as leis que punem as mulheres que recorrem ao aborto. O Brasil é signatário, sem reservas, dos Programas de Ação acordados nas duas conferências. Tramitam atualmente no Congresso Nacional 28 propostas que, direta ou indiretamente, referem-se ao tema. Há propostas para estender os benefícios da lei aos casos de mal-formação fetal; outras querem autorizar a interrupção a partir da decisão da mulher, levando em conta o tempo da gestação; e há também as que objetivam suprimir do Código Penal o artigo que caracteriza o aborto como crime. Mas também há projetos que retrocedem, retirando da lei os casos em que a interrupção da gravidez está permitida. Paralelamente, o mundo testemunha o franco recrudescimento de opiniões conservadoras em relação ao aborto. No Brasil, esta nova onda foi impulsionada pela visita do papa João Paulo II, em outubro de 1997. Em dezembro do mesmo ano, grupos pró-vida conseguiram impedir aborto autorizado judicialmente no caso de uma adolescente vítima de estupro que já estava internada em maternidade pública do município do Rio de Janeiro para a realização do procedimento. A partir de 2002, multiplicam-se denúncias anônimas contra mulheres que recorrem ao aborto clandestino. No Rio de Janeiro, uma jovem grávida de seis meses e em processo de abortamento foi denunciada pela médica que a atendeu e em seguida algemada na cama do hospital, de onde saiu para o cárcere. A Promotoria de Justiça acusou a jovem de ?homicídio qualificado?, mas o Ministério Público pediu a desclassificação dessa denúncia criminal, conseguindo a substituição para ?crime de aborto?. Ela teve o benefício da suspensão do processo (art. 89 da Lei nº 9.099/95). A despeito dessas condições desfavoráveis, entre 2004 e 2005 surgiram oportunidades de reforma legal e jurídica e o debate instalou-se de maneira mais ampla no país. Isto se deu por duas vertentes: o debate sobre antecipação terapêutica do parto nos casos de anencefalia (cabeça fetal com ausência de calota craniana) e o processo político que resultou no Projeto de Lei formulado pela Comissão Tripartite para a Revisão da Legislação sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez. Em 1º de agosto de 2005, a Comissão Tripartite encerrou seu trabalho com a elaboração de um anteprojeto de lei que propõe a descriminalização do aborto no Brasil para ser encaminhado ao Congresso Nacional.

http://www.midiaindependente.org/pt/red/2005/09/330928.shtml

Legislação sobre o aborto, Leis de aborto no brasil e no mundo

A legislação sobre o aborto, dependendo do ordenamento jurídico vigente, considera o aborto uma conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas. As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crime contra a vida humana, ao apoio estatal à interrupção voluntária da gravidez a pedido da grávida sob determinadas circunstâncias.

O Brasil sabe aonde quer chegar: briga por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU no afã de ser fiador da paz mundial; com a economia aquecida, busca ampliar mercados para seus produtos; articula-se para ter influência geopolítica na América Latina e liderança sobre os países emergentes. Enfim, almeja ascender à nata econômica e cultural do Primeiro Mundo. Mas, na contramão dessas aspirações, se alinha com o atraso quando o assunto é o direito sexual e reprodutivo. Em geral, as nações que criminalizam o aborto são as que exibem o pior desempenho social, os maiores índices de corrupção e violência e também os mais altos níveis de desrespeito às liberdades individuais.





A relação pode ser observada no Mapa da Legislação sobre o Aborto, que o Center for Reproductive Rights (Centro de Direitos Reprodutivos), ONG com sede em Nova York, montou ao pesquisar as leis em 196 países e estados independentes. Ele divide o planeta em cinco categorias – vermelho, vinho, laranja, azul e verde. Pela ordem, vai das leis mais duras às mais flexíveis. Mostra que o aborto é tratado no Brasil como no Haiti, no Paraguai e no Burundi. Nosso país faz parte do bloco vermelho com 68 nações – as mais pobres –, onde vivem 25,9% do povo global.
O curioso é que o Brasil vem fazendo a lição de casa e avançando em inúmeros setores, mas continua refém do moralismo no trato de uma questão feminina que não está na mão da mulher, mas sob tutela do Estado, como ocorre no autoritário Afeganistão, onde uma afegã tem a mesma autonomia que um animal doméstico.

Na outra ponta, a maioria dos países com leis flexíveis mantém os problemas econômicos sob controle e a população tem maior bem-estar, caso de Alemanha, França, Portugal e Canadá. Segundo Carmen Hein de Campos, advogada brasileira ligada à ONG e que colaborou na execução do mapa, a posição da mulher nesses países também é melhor, a diferença salarial entre os sexos é menor e o nível educacional elevado, o que garante equilíbrio nas relações de gênero. Outra observação de Carmen: a influência religiosa sobre a saúde reprodutiva é reduzida nos países mais desenvolvidos.

O mapa ajuda a ampliar a reflexão, que aqui setor na mais urgente, porque, se depender do Congresso Nacional, a situação vai se complicar.
No dia 7 de maio passado, o Projeto de Lei nº 1.135/91, que descriminaliza o aborto, sofreu uma amarga derrota na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Ali, depois de cinco horas de confusão e insultos trocados entre parlamentares – onde o de bate não teve vez –, 33 deles aprovaram o parecer do relator Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), que, em outras palavras, mantém a interrupção da gravidez como crime, com pena de um a três anos de reclusão. Sete deputados que defendiam o projeto saíram sem votar, em sinal de protesto. A matéria foi para a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania, onde terá de ser travada uma batalha ainda mais dura antes de ir para a decisão final, no plenário.
O panorama pode ficar mais sombrio se forem aprovados outros 15 projetos sobre o tema, apresentados só no ano passado na Câmara e no Senado. Deles, 13 tornam a legislação ainda mais retrógrada.
Um deles, do deputado Henrique Afonso (PT-AC), cassa o direito de abortar quando a gravidez é fruto de estupro ou põe em risco a vida da gestante. Assim, o aborto legal não seria feito pelo Sistema Único de Saúde, como é hoje. Outro projeto torna a interrupção crime hediondo, sem benefícios para o preso.
Mesmo que você seja contra o aborto e que tenha certeza de que jamais irá praticá-lo deve entrar nessa discussão, já que a proibição não impede que a cada ano, conforme estimativas, 1 milhão de abortos sejam realizados no Brasil, sendo que 220 mil deles levam a infecções graves e perfurações no útero, entre outras complicações.
Concordar com a descriminalização não é endossar a prática como método de planejamento familiar.Trata-se de respeitar o direito de quem pensa diferente, numa sociedade diversa e plural como a nossa. Veja os principais projetos protocolados em 2007 na câmara e no Senado e saiba por que a discussão não avança no Congresso

www.wikipedia.com.br/
http://claudia.abril.com.br/materias/2882/?pagina2&sh=31&cnl=35&sc=


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Depoimento (:

DEPOIMENTO DE UMA ADOLESCENTE GRÁVIDA

Eu era apenas uma jovem
Eu fiquei grávida de alguém
Que eu amava, mas essa pessoa
Sempre me abandonava
Um certo dia
Abria janela e vi o imenso
Mundo lá fora
Eu me desesperei
Mas tive que ir trabalhar
Já não agüentava mais caminhar
A procura de um emprego
Pra me sustentar
Eu tava com medo de não agüentar
Pensei em fazer um aborto
Mas não era a solução
Pensei em ser prostituta
Mas não tive coragem
De viver na malandragem
Não importa
Se vai
ser rico ou não
O importante
É dar amor e atenção.



http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/montecristo/jv/jv6/poesia.html



Poesias...Gravidas Adolescêntes


A CAMISINHA

Eu sempre transava
Sem camisinha Transei com tantas gurias, Mas a que eu engravidei Era a minha vizinha.

No dia em que ele nasceu
Eu assumi, Mas eu tinha feito Tantas coisas erradas Que me dava vontade De sumir.

Na hora que tu tá
Fazendo amor Tu só pensa no prazer E não pensa em usar Camisinha e nem No filho que Pode trazer...




DESCUIDO

Sou fruto de um descuido
Ato feito impensado
Mas que a partir de agora
Terá que ser
Tratado com cuidado
Gostaria de ter
Sido planejado
Mas por descuido
Vim sem ser convidado
Não sei se vou ter nome
Ou se vou ser abortado
Mas no fundo eu gostaria
De ser tratado com carinho
Amor e cuidado




http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/montecristo/jv/jv6/poesia.html



HIV !?!?!?!?!?!?!?!

O Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecido como HIV (sigla originada do inglês: Human Immunodeficiency Virus), é um vírus pertencente à classe dos retrovírus e causador da aids.

Ao entrar no organismo humano, o HIV age no interior das células do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo. As células de defesa mais atingidas pelo vírus são os linfócitos CD4+, justamente aquelas que comandam a reposta específica de defesa do corpo diante de agentes como vírus e bactérias.

O HIV tem a capacidade de se ligar a um componente da membrana dos linfócitos, o CD4, e penetrar nessas células, para poder se multiplicar. O HIV vai usar o DNA da célula para fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe a célula e os novos vírus caem na corrente sanguínea, indo buscar outras células para continuar sua multiplicação.

As células do sistema imunológico de uma pessoa infectada pelo vírus começam então a funcionar com menos eficiência e, com o tempo, a capacidade do organismo em combater doenças comuns diminui, deixando a pessoa sujeita ao aparecimento de vários tipos de doenças e infecções.

O HIV pode levar vários anos, entre o momento da infecção até o surgimento dos primeiros sintomas. Esta fase se denomina de assintomática, pois a pessoa não apresenta nenhum sintoma ou sinal da doença. Este período entre a infecção pelo HIV e a manifestação dos primeiros sintomas da aids irá depender, principalmente, do estado de saúde da pessoa.

Quando se diz que uma pessoa tem HIV, está fazendo referência a essa fase assintomática da doença. Quando se fala em pessoa com Aids, significa dizer que ela já apresenta sintomas que caracterizam a doença, o que geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus HIV.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitas pessoas soropositivas que vivem durante anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir o HIV aos outros pelas relações sexuais desprotegidas, por compartilhar seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez.

HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), membro da família de vírus conhecida como Retroviridae (retrovírus), classificado na subfamília dos Lentiviridae (lentivírus). Estes vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. A infecção humana pelo vírus HIV provoca uma moléstia complexa denominada síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).




http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISF86565C9PTBRIE.htm

terça-feira, 29 de junho de 2010



Alguns com gripe suína e todos querem usar mascaras. Milhões com Aids e nínguem quer usar camisinha......



















Aids não tem idade use camisinha sempre..............

Nova vacina complementará coquetel contra Aids




Jerusalém, 27 dez (EFE).- Uma equipe de pesquisadores do Hospital Universitário Hadasa de Jerusalém e do Instituto Weizman de Ciências desenvolveu uma vacina capaz de fortalecer o sistema imunológico do organismo e de complementar o coquetel de medicamentos usado atualmente no tratamento da Aids.
A vacina, que seus criadores consideram um avanço muito significativo no tratamento da doença, foi apresentada na prestigiada publicação médica Journal of Clinical Virology.

De sete pacientes que participaram do estudo dos pesquisadores, cinco responderam positivamente à vacina, informa hoje, segunda-feira, o jornal The Jerusalem Post.

As drogas usadas para combater a Aids eliminam o vírus causador da doença, o HIV, mas o sistema imunológico, o das defesas do organismo, continua matando células saudáveis.






O objetivo da nova vacina é exatamente deter este processo autodestrutivo, explicou a diretora da equipe, a especialista Rivka Abulafia-Lapid, que conduziu a pesquisa em conjunto com o Centro de Biologia Humana do Hospital Hadasa.

O vírus que causa a Aids destrói um tipo de célula do sangue, os glóbulos brancos (ou CD4), que integra o sistema imunológico do ser humano. Isto debilita as defesas orgânicas na hora do combate de infecções ou doenças.

O estudo no Hadasa foi realizado entre 1998 e 2002, período ao qual se seguiram dois anos de experimentação com a vacina



http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2004/12/27/ult1766u7046.jhtm

Sexo e Adolescência

A primeira relação sexual ocorre cada vez mais cedo entre os jovens brasileiros. "A iniciação se dá por volta dos 15 anos, o que, em linguagem estatística, significa dos 13 aos 17", afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex) do Instituto de Psiquiatria da USP. A 3ª Pesquisa Nacional de Demografia da Saúde da Mulher e da Criança, realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e divulgada no mês passado, reforça esse dado: na faixa etária de 15 a 19 anos, 32,6% das entrevistadas admitiram ter tido a primeira relação aos 15 anos. Há dez anos, eram 11,5%. Mas os estudos de Carmita Abdo vão além: "Nossas pesquisas em escolas, inclusive de classe A/B, em São Paulo, consta taram que, aos 10 anos, 75% dos alunos já tiveram algum contato erótico, como beijo de língua, amassos e toques em partes erógenas". Geralmente, essas experimentações acontecem entre os próprios adolescentes e muitos aderem para não ficar com fama de criancinha, em busca da aprovação do grupo. As pesquisas da psiquiatra mostram ainda que, no primeiro relacionamento duradouro, a garotada passa das carícias para a relação sexual com penetração em no máximo sete meses. A partir daí, inclui de tudo em suas práticas – sexo vaginal, oral, anal, masturbação mútua.

Se você está se perguntando onde tudo isso acontece, saiba que, em metade dos casos, é na casa de um dos dois, com consentimento aberto ou velado dos pais. Os outros 50% ocorrem em viagens e passeios em grupos, festas na casa dos amigos, banheiros de raves e casas noturnas. E, para quem não sabe, "ficar" agora é também chamado de "beijar" e pode ou não incluir relação sexual. A cada ano, cerca de 4 milhões de adolescentes tornam-se sexualmente ativos no Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde. "E a ocorrência de gravidez tem aumentado entre as meninas mais novas", afirma a psicóloga e educadora sexual Márcia Maria Cruz Campos, diretora da ONG Instituto Aliança com o Adolescente, em Salvador.




http://claudia.abril.com.br/materias/3013/

Primeira experiência sexual

A adolescência chega e muitas vezes com ela as primeiras experiências sexuais. Nem todo mundo sabe, mas o despertar da sexualidade nada tem a ver com a genitalidade, normalmente acentuada nesta fase da vida. Quando o ser humano nasce, já começa a desenvolver sua própria sexualidade. Entretanto, em uma sociedade que erotizou o sexo, incentivando sua prática a qualquer custo, as pessoas perderam o referencial. Muitas acreditam que os únicos riscos do sexo são físicos, como uma gravidez indesejada ou a contaminação pelo vírus HIV. Os especialistas, no entanto, alertam que viver plenamente as experiências sexuais pode trazer outros problemas: traumas que, sem tratamento adequado, serão carregados por toda vida".

Sexualidade é Vida

A sexualidade será sempre a associação da própria genitalidade, do carinho, do afeto, do amor e, principalmente, da comunicação. Nem sempre, sua manifestação se dará entre amantes. "De maneira alguma, a sexualidade quer dizer apenas a relação sexual, a penetração ou a simples preocupação com os genitais. Ela é algo mais amplo, que passa a existir com o nascimento do indivíduo. Sexualidade significa vida", esclarece o Dr. Leonardo Goodson, ginecologista com especialidade em Sexualidade Humana.

Sexo e Idade

O médico explica que as características dessa sexualidade são variadas conforme a idade. Nas crianças com idades entre zero e 18 meses, começa o processo de aprendizagem da identidade homem/mulher e dos papéis sexuais. "Neste período, a criança passa a lidar com a representação cultural do que é ser homem ou mulher. É nessa fase que o bebê começa a experimentar o próprio corpo e a ter as primeiras experiências sexuais, ganhando intimidade e confiança principalmente com a própria mãe", explica o ginecologista.

A apreciação e o exame dos próprios genitais ocorre entre os 18 meses e os três anos de idade. Depois disto, até os quatro anos, a criança tem sua própria explicação sobre a origem dos bebês, sendo capaz de assimilar atitudes sexuais - negativas ou positivas - do meio onde vive. Entre cinco e seis anos, a criança apresenta idéias fantásticas de como os bebês são gerados. É neste período, que o outro começa a ser incluído nos jogos sexuais. "A partir dos sete anos, apesar do interesse em assuntos sexuais, a criança fica retraída com os contatos mais íntimos. Mesmo assim, mantém brincadeiras sexuais com crianças do mesmo sexo", lembra o médico.

Adolescência

As profundas transformações da puberdade começam aos 10 anos, quando a criança conhece também a prática da masturbação. A partir de então, acentua-se o desejo de relacionamento com o outro. O Dr. Leonardo Goodson explica que, normalmente, os adolescentes com 14 anos têm um amigo íntimo e canalizam o erótico para histórias, confidências e piadas. Com 15 anos, ocorre a abertura para a heterossexualidade e o adolescente começa a ter sua identidade sexual afirmada. "Dos 17 aos 23 anos, essa identidade é consolidada e o jovem passa a ter um objeto amoroso único, com quem mantém intercâmbio amoroso. Neste período, ele passa a dar e a receber", detalha o Dr. Goodson.

É a partir da adolescência que o jovem começa a se preocupar com os riscos trazidos pela Aids. A desinformação costuma reforçar os preconceitos. Segundo o Grupo pela Vida, do Rio de Janeiro, algumas situações vividas entre duas pessoas não trazem ameaça de contaminação pelo vírus HIV. Trocar beijos e carícias; apertar as mãos; ter contato com suor, lágrima e saliva; usar os mesmos pratos, talheres, copos, vasos sanitários ou assentos; não significam riscos. "A preocupação é justificável, mas nos esquecemos que a convivência com um soropositivo pode ser saudável, sem que nos tornemos preconceituosos", alerta o médico.

Riscos Orgânicos e Prevenção

A Aids não é o único risco trazido com o início de uma vida sexual ativa, apesar de ser o mais temido. A gravidez indesejada e a contaminação por outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também merecem atenção. "A pílula e a camisinha não são as únicas formas de prevenção. Existem outros métodos que podem ser adotados, desde que haja o acompanhamento de um médico ou orientador sexual. Quando se pensa em adolescência, as recomendações mais comuns são a pílula para a gravidez indesejada e a camisinha para as DSTs", explica o dr. Goodson. Para evitar a gravidez, é possível adotar ainda métodos como o coito interrompido, a temperatura basal e a tabelinha. No entanto, são opções menos confiáveis. Os métodos chamados de barreiras são os preservativos masculino e feminino, o diafragma e o Dispositivo Intra-uterino (DIU). Há ainda os anticoncepcionais orais (pílula) e os injetáveis (mensal e trimestral), além da laqueadura tubária e a vasectomia.

Erotização e Virgindade

A sociedade erotizada chama a atenção para os riscos físicos do sexo, esquecendo-se de outro ponto que é tão importante quanto a saúde do corpo: a mente sadia. Atualmente, a mídia tem sido o meio mais feroz de incentivo à vida sexual. No entanto, este incentivo tem uma proporção infinitamente mais voltada para o lado negativo. "Na televisão, por exemplo, são muitas horas voltadas para o desrespeito ao próximo, para o incentivo de receber mais do que dar; e poucos minutos de orientação sexual adequada, principalmente para os adolescentes. É preciso lembrar que sexo é bom, quando é bom para os dois", opina o ginecologista. Um dos exemplos de erotização diz respeito à forma como a sociedade encara a virgindade. O médico explica que ser virgem não significa de maneira alguma estar fora do mundo atual, mas estar em um momento de reflexão. "A pessoa virgem ainda não se sente preparada para enfrentar a relação sexual com a maturidade que ela merece. E isto independe da idade", orienta.

Como as pessoas desconhecem este verdadeiro sentido da virgindade, torna-se antiquado ser virgem. Atualmente, muitos adolescentes preferem dizer diante da turma que já tiveram a primeira relação sexual, para não ser massacrados diante de comentários e piadas dos colegas.

Hímen

"A virgindade é simbolizada pela perda do hímen pela mulher e pela primeira relação sexual do homem. Mas ela precisa ser vista de forma mais ampla. A virgindade será sempre perdida quando iniciarmos um novo relacionamento, independente de ser o primeiro ou não", afirma o Dr. Goodson. O médico defende que o hímen não direcione o que é ser virgem e, sim, o contato com um novo parceiro, que sempre vai representar uma nova descoberta. Assim, ao longo da vida, a pessoa estará sempre perdendo a virgindade a cada novo encontro.

O ginecologista detalha que estar maduro para a primeira relação sexual é compreender o que ela significa e saber lidar com os problemas que ela pode trazer. A gravidez indesejada, as DSTs e os problemas relacionais são algumas das dificuldades que podem aparecer. No entanto, vivido de forma adequada, o sexo possibilita que a pessoa usufrua de imensos prazeres.

Compreensão Traz Maturidade

A falta de compreensão de como a sexualidade e o sexo devem ser encarados traz inúmeros riscos - orgânicos e psicológicos. "A gravidez indesejada, as DSTs, a insatisfação pessoal, o arrependimento, as disfunções sexuais tardias e as dificuldades no relacionamento são alguns desses riscos", diz o médico. O profissional orienta que todo passo na vida deve, se possível, ser planejado, diminuindo as chances de se tornar um problema. Minimizar esses riscos será sempre uma responsabilidade de cada indivíduo, que deve buscar a orientação adequada, por meio de profissionais de saúde, professores de orientação sexual, livros especializados e a própria compreensão. "Entender a si mesmo será sempre algo significativo para adquirir a maturidade necessária para a vida", lembra.

Traumas

O trauma psicológico aparece sempre que a pessoa se inicia em qualquer área sem estar preparada. Os problemas psicológicos futuros, neste caso, são inevitáveis. No caso sexual, a iniciação inadequada pode refletir na conduta dos anos seguintes, trazendo ansiedade durante a relação sexual, disfunções e dificuldades no relacionamento. Todos estes problemas influenciam no cotidiano, porque o sexo faz parte da vida e, como tal, é primordial que seja bem vivenciado.

Conflitos

Para algumas pessoas, as experiências sexuais só ocorrem anos mais tarde, apesar de a adolescência ser um momento da vida em que a própria biologia leva ao envolvimento sexual. Para quem ultrapassou esta fase e não vivenciou o sexo, o risco de conflito é grande. No entanto, se a pessoa está bem consigo mesma, lembrando que a sexualidade envolve afeto, carinho e comunicação e não apenas genitalidade, não haverá problemas. Se existe o conflito, é necessário buscar ajuda profissional. O indivíduo deve buscar o equilíbrio da vida sexual, parando de exigir de si mesmo uma atitude que não pode ser assumida naquele momento.




http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4058&ReturnCatID=1781

Sexo na Adolescência


Transformações da Mente e do Corpo

A Adolescência, período de vida compreendido entre 10 e 20 anos, é uma fase bastante conturbada. Ocorrem transformações físicas e emocionais importantes, preparando a criança para assumir um novo papel perante a família e a sociedade. A criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos.

A fase onde há modificações no corpo chama-se de Puberdade. Ocorre a primeira menstruação nas meninas (menarca), as poluções masculinas (ejaculações espontâneas sem coito), o crescimento de pêlos no corpo, a mudança de voz nos rapazes, o amadurecimento da genitália, com aumento do tamanho do pênis e dos seios, entre outros.

SEXO NA ADOLESCÊNCIA Mas nem sempre esta fase vem acompanhada das transformações emocionais e sociais que são o marco da adolescência. Dependendo da cultura de cada povo, a adolescência pode chegar mais tarde, independente da criança estar já bem desenvolvida fisicamente. É o caso dos países ocidentais, como os Estados Unidos e a Inglaterra ou França. O processo de educação continuada e a grande soma de informações, por exemplo, acabam por retardar a necessidade, por parte dos jovens, da busca de uma vida separada de seus pais. Muitos ainda moram com a família depois dos 20 anos. Já em sociedades mais simples, como em algumas regiões do Brasil, da África ou da Ásia, a necessidade de força braçal, desde muito cedo, antecipa a entrada da criança na adolescência e nas responsabilidades que lhe são devidas.

O Adolescente e a sua Sexualidade

A jovem adolescente amadurece em média dois anos antes do rapaz. Busca fortificar sua feminilidade, prorrogar os encontros sexuais e selecionar um parceiro adequado para poder ter sua primeira relação sexual, o que ocorre de forma gradativa. Vai experimentando seus limites progressivamente. Os rapazes buscam encontros sexuais com mais ansiedade, geralmente, persuadindo as garotas ao sexo com eles. Em nosso meio, há uma tendência do jovem em experimentar sensações sexuais com outros de sua idade, sem necessariamente buscar uma relação sexual propriamente dita. O termo que se usa atualmente é "ficar".

A perda da virgindade ainda é um marco importante para os jovens. É um rito de iniciação sexual, que pode ser vivenciado com orgulho ou com culpa excessiva, de acordo com a educação e tradição da família. Inicialmente, os jovens buscam apenas envolvimento sexual, testando suas novas capacidades e reações frente a sensações antes desconhecidas. É a redescoberta do corpo. Só depois procuram o envolvimento afetivo complementar passando a conviver não apenas em bandos, mas também aos pares.

A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância e, na adolescência, se intensifica com a redescoberta de sensações, tanto individualmente quanto em dupla ou em grupo.

Os jovens podem apresentar algum tipo de atividade homossexual nessa fase, como exposição dos genitais, masturbação recíproca e comparação dos seios e dos genitais em grupo (comparação do tamanho do pênis, por exemplo), atividades estas consideradas absolutamente normais. A fortificação dessas condutas, com o abuso sexual por parte de um adulto de mesmo sexo ou com alta ansiedade perante o sexo oposto, pode desenvolver uma orientação homossexual definitiva nos jovens.

Em tempos da super informação, com a internet, a globalização, a pouca censura nos meios de comunicação de massa, há um apelo sexual freqüente e precoce, expondo os jovens a situações ainda não bem compreendidas por eles. Os adolescentes falam como adultos, querem se portar como tal e ter os privilégios da maturidade. No entanto, falta-lhes a experiência, a responsabilidade e o significado real de um envolvimento sexual. A gravidez de risco na adolescência, infelizmente, é um dos resultados desastrosos desta situação atual. A pouca informação qualificada e o precário respeito dos adultos perante as necessidades dos jovens são os verdadeiros responsáveis pelo falso e ilusório desenvolvimento do adolescente de hoje.



http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?11

Tudo Sobre DST !!!






Um grande número de infecções são transmitidas predominantemente ou exclusivamente por contato sexual. Além das doenças epidêmicas que foram citadas acima, podemos incluir a sífilis, o chato (pediculosis pubis), infecção vaginal causada pela bactéria Hemophilus e muitas outras. DSTs podem ser causadas por uma grande variedade de organismos, tais como o protozoário Trichomonas, a levedura causadora de moniliasis, bactérias causadoras da gonorréia e da sífilis e o vírus que causa a herpes genital.

Doença sexualmente transmissível (ou DST) é a designação pela qual é conhecida uma categoria de patologias antigamente conhecidas como doenças venéreas. São doenças infecciosas que se transmitem essencialmente pelo contato sexual. O uso de preservativo (camisinha) tem sido considerado como a medida mais eficiente para prevenir a contaminação e travar a sua disseminação.

Os contactos sexuais podem transmitir doenças infecciosas provocadas por vírus, bactérias, fungos, além de parasitas. Tais enfermidades podem revelar-se muito ou pouco perigosas e manifestar-se com os mais variados sintomas. Mas mais importante, podem espalhar-se por todo o corpo rapidamente se não tomadas as precauções necessárias.
Algumas dessas doenças podem causar infertilidade, infecções neonatais, malformações do feto ou cancro no colo do útero.

Alguns grupos, especialmente religiosos, afirmam que a castidade, a abstinência sexual e a fidelidade poderiam bastar para evitar a disseminação de tais doenças.

Algumas pesquisas afirmam que o número de pessoas monogâmicas e não-fiéis com certas IST (como a AIDS) tem aumentado, em resultado da contaminação ocasional do companheiro (a), que pode contrair a doença em relações extra-conjugais. Todavia, as campanhas pelo uso do preservativo nem sempre conseguem reduzir a incidência de doenças sexualmente transmissíveis.





http://www.colegioweb.com.br/sexualidade/o-que-e-dst-

Tratamento da Aids





A medicina nunca conseguiu curar um vírus. Nem o da vírus da Aids nem nenhum outro. Quem cura os vírus na gente é o nosso sistema imunológico. O vírus da herpes é um exemplo disso. As pessoas têm, a gente sabe tratar, mas ele está sempre latente no organismo. Se alguém soubesse a cura da Aids, seria o primeiro vírus que alguém soube curar. Mas ainda não temos ciência para curar nem para criar um vírus. Nem que a gente quisesse. Não sei de onde surgiu essa informação sobre a cura, mas uma corrente dessas atrapalha as campanhas de prevenção, pois a Aids está aí, ela precisa ser controlada, e um dos grandes fatores do controle é a prevenção. Quando a gente tem de tratar alguém já é uma falha da medicina, pois não foi possível evitar que essa pessoa pegasse a doença. E atualmente ainda não existe um tratamento que cure a Aids.
AIDS E SEXO ORAL
O sexo oral apresenta risco de contaminação com HIV tanto para quem pratica como para quem recebe?
A relação oral é considerada de risco para a transmissão do HIV, ou seja: você pode pegar o HIV chupando e sendo chupado. E também não interessa o que você está chupando ou o que está sendo chupado, quer dizer, o sexo das pessoas envolvidas. Qualquer contato de mucosa com mucosa, principalmente se tiver secreção sexual, ou líquido vaginal, esperma ou aquele líquido que vem antes do esperma, pode transmitir o HIV, pois todas essas secreções são contaminadas com HIV se essa pessoa tiver o vírus. A transmissão acontece pelo sexo oral também.
É verdade que a contaminação só acontece se a pessoa tiver uma feridinha na boca?
Não. Não existe nenhum trabalho mostrando que pessoas infectadas por sexo oral tinham ou não uma ferida na boca antes do contágio. Você é capaz de olhar na sua boca agora e me dizer se tem ou não uma feridinha? Isso não é possível. Não é preciso ter uma ferida para se contagiar. As mucosas têm uma capacidade muito grande de absorção, se houver um vírus, pode haver contágio. Eu POSSO GARANTIR que se o esperma entrar em contato com a sua PELE, você NÃO vai se infectar. Mas se o vírus entrar em contato com a mucosa da sua BOCA, eu NÃO POSSO GARANTIR que você vá se infectar. Portanto, SEXO ORAL SEM CAMISINHA NÃO É SEGURO.
O que aconteceu com a hipótese de que o suco gástrico matava o vírus do HIV?
O vírus do HIV tem uma capa de gordura em torno dele. Isso faz com que seja muito susceptível ao meio que o cerca. Enzimas digestivas podem inativar o vírus. Mas olha o tamanho do caminho que o vírus tem que andar da sua boca até o estômago! Em qualquer um dos pontos desse percurso o HIV pode entrar pela mucosa e infectar.
Quer dizer que sexo oral sem camisinha não pode fazer?
Se você quer fazer sexo oral, você tem que usar preservativo. Se você quer fazer sexo oral sem camisinha, você não pode fazer sexo com quem você quer, com quem você encontra hoje à noite. Você precisa ter um parceiro fixo, em quem você confia, e mesmo assim ainda está correndo risco.
Qualquer camisinha serve para fazer sexo oral?
Qualquer camisinha boa. Mesmo as lubrificadas, a menos que você não goste do gosto. O mais importante é que, depois de utilizar uma camisinha para sexo oral, não reutilizá-la para penetração, pois a saliva e os dentes podem estragar a borracha. Toda vez que você fizer sexo oral com camisinha, antes de fazer uma penetração troque o preservativo por um novo. Não pode usar o preservativo com saliva. Só se deve utilizar lubrificantes para penetração à base de água, que podem ser comprados na farmácia, junto com a camisinha. Na dúvida, passe um pouquinho na mão e coloque debaixo d'água. Se sair com água, pode usar. NÃO UTILIZE margarina, saliva, creme nívea ou óleo como lubrificante.
FORMAS DE CONTÁGIO DO HIV
Existe uma escala de perigo nas relações sexuais? Sexo anal é mais perigoso do que sexo oral, etc?
Ser penetrado envolve um risco maior -na vagina ou no ânus-, em segundo lugar vem penetrar, e em terceiro lugar as relações orais -alguns livros até colocam as relações orais junto com penetrar, no mesmo grau de hierarquia. O fato é que nenhuma dessas relações é isenta de risco. Se não é isenta de risco, não dá para recomendar. As pessoas acham que sexo oral é sexo seguro e preferem não fazer sexo com penetração, para não correr risco, e fazem sexo oral sem camisinha. Isto é uma desinformação. É mais seguro fazer sexo com penetração e com camisinha, do que fazer sexo oral sem proteção. Ou seja, transem com camisinha sempre.
Há mais risco de transmissão de Aids quando a mulher está menstruada?
Essa pergunta é difícil de responder, pois na literatura médica há controvérsia. Já apareceram provas cabais de que a mulher em período menstrual aumenta a transmissão de doenças como o HIV, e já apareceram trabalhos dizendo que não aumenta. Então essa informação é controversa. E toda vez que uma informação é controversa, a gente é obrigado a achar o pior. Ou seja, é obrigado a achar que aumenta. É preciso se proteger para fazer sexo nesse período.
AIDS E COMPORTAMENTO SEXUAL
É possível pegar HIV tendo apenas um parceiro sexual?
Você pode pegar HIV sendo monogâmico (tendo apenas um parceiro), basta seu parceiro se infectar, usar drogas... Isso acontece. Mulheres monogâmicas pegam HIV, meninas pegam com seu primeiro namorado. Ser monogâmico não protege contra o HIV.
Pessoas mais certinhas estão livres do HIV?
Um vírus não tem moral. Ele não reconhece a moralidade humana. Não adianta dizer pra ele "olha, você é só de pessoas promíscuas", ou "você é uma doença só de homossexuais", ou "você é só de pecadores". O HIV não se comporta dessa maneira. A epidemia tem se espalhado de tal maneira, que ela atingiu todos os segmentos da raça humana: mulheres, jovens, crianças, velhinhos, heterossexuais, homossexuais, todo mundo. Não estou falando de uma hipótese, falo de uma epidemia que está acontecendo. O HIV está ocupando a raça humana com o ar ocupa os espaços de uma sala. Onde tem espaço, o HIV entra, e ele não tem moral.
Tem gente que diz que o homem heterossexual não corre o risco de ser infectado por uma mulher. É verdade?
Isso é uma grande besteira. A mulher passa o HIV para o homem, sim. O maior índice de infecção por HIV no mundo está na África Negra, onde para cada homem infectado há uma mulher infectada. Não dá para imaginar que todos os homens fizeram uma orgia homossexual e depois foram para casa contaminar suas mulheres! Não foi assim. A mulher passa o vírus para o homem. Aliás, essa é uma maneira pela qual a epidemia persiste hoje.
Você acha que as mulheres são hoje um grupo muito vulnerável à infecção pelo HIV?
As mulheres são um grupo muito vulnerável. A gente não usa mais a expressão "grupo de risco", mas se fosse para usar, eu diria que hoje, no Brasil, as mulheres jovens são o "grupo de risco". São as meninas que estão pegando o HIV. "Vulnerável" é uma palavra muito boa para definir esse grupo. Aparentemente, os homens conseguem se safar melhor das situações de risco do que as mulheres.
Por que?
As pessoas têm na cabeça uma idéia errada de que usar camisinha é coisa de prostituta e quem não é prostituta não precisa usar. Esses meninos e meninas pensam que camisinha é só com prostituta porque receberam essas idéias dos pais, pessoas que faziam sexo numa outra época. Mudou de época! Eu penso que pode chegar um dia em que alguém vai dizer: "Nossa, pai! Você transava sem camisinha? Que nojo!"
Você acha importante uma pessoa saber se está infectada ou não?
Saber-se soropositivo (infectado por HIV) ou saber-se soronegativo (não infectado), implica em tomar decisões na vida e ter atitudes que não são necessariamente as mesmas de quando você ignora seu estado. Os adultos, de uma maneira geral, têm uma dificuldade grande de se saber soropositivos ou não. Talvez eles estejam passando essa dificuldade para seus filhos, dizendo sem palavras, por atitudes, que é melhor não saber. O que não procede. Medicamente, é sempre melhor saber.
Para um casal que tem uma relação duradoura, pretende ter um filho, que testes devem ser feitos antes de abandonar o uso da camisinha?
O exame que dá melhores resultados, ainda é o exame físico. Anamnese e exame físico, ou seja, sentar com médico e conversar, dizer o que fez, o que não fez, fazer um exame físico -esse é o exame que melhor consegue detectar pequenas coisas erradas. Este é o que eu recomendo em primeiro lugar. O homem pode procurar um urologista, um clínico geral, o que ele achar melhor. Para a mulher, o mais indicado é um ginecologista, pois existe um exame interno, o ambiente do exame ginecológico é diferente. Afora isso, existem exames de sangue que podem ser feitos e que vão testar todas essas doenças sexualmente transmissíveis e que podem ser detectadas por um exame de sangue: sífilis, hepatite B, HIV... Para um pré-natal há outros exames também, para detectar outras doenças que não são sexualmente transmissíveis mas podem ter implicações durante a gravidez: toxoplasmose, rubéola e outras doenças.
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Desde quando existem as doenças sexualmente transmissíveis?
Cinqüenta anos atrás já existiam todas as doenças sexualmente transmissíveis (DST). A sífilis era uma das mais importantes e existe desde a antigüidade clássica (antes de Cristo), e durante toda a Idade Média. DSTs existem há muito tempo, com grandes epidemias. Morria-se de sífilis antes de existir um tratamento. A Aids não é uma doença nova -a epidemia é nova. A Aids já existia há um bocado de tempo, mas apenas na África Negra. Agora ela se espalhou pelo mundo. DSTs existem e é preciso se precaver contra elas. E para se precaver não é preciso deixar de ter prazer e fazer sexo, mas é preciso aprender a fazer sexo num mundo em que existem essas doenças, e algumas delas podem matar, como a Aids.
Como são transmitidos o HPV (condiloma), sífilis e gonorréia?
Para pegar HPV, sífilis, cancróide e gonorréia basta o contato genital. Não precisa nem penetrar, nem ejacular. Essas doenças podem ser pegas também na garganta, por sexo oral. São doenças mais fáceis de pegar do que o HIV. Alguns meninos dizem que primeiro penetram e na hora de gozar põem a camisinha. Só com isso já dá pra pegar todas essas doenças.
O que se deve fazer quando alguém constata que está com alguma doença sexualmente transmissível?
A medicina é sempre melhor quando é preventiva. Quando a gente tem de curar uma doença é porque já falhou, não evitando que a pessoa pegasse a doença. É sempre melhor promover a saúde do que tratar a doença. Eu sempre recomendo que as pessoas vão ao médico quando não estão doentes, para não ficar doentes. Isso implica ir ao médico com uma certa freqüência, que varia e pode ser decidida com seu médico. A mulher deve ir ao ginecologista assim que ela tenha a primeira menstruação. O menino deve também ir ao médico cedo, e deve tirar suas dúvidas com ele. Ele deve decidir se quer ir ao pediatra, ao médico de família, a um clínico geral, a um urologista, ou a um infectologista. Qualquer um desses médicos vai atendê-lo bem. Quando alguém pega uma doença sexualmente transmissível, precisa ir ao médico. Não pode tomar o remédio que o amigo tomou, porque os remédios às vezes fazem mal, causam efeitos colaterais, e às vezes mascaram a doença (escondem os sintomas sem de fato curar) e acabam provocando uma complicação pior do que a doença em si. É bom lembrar que doença sexualmente transmissível é DOENÇA, não é julgamento moral, atestado de promiscuidade ou prostituição. É uma doença e deve ser tratada.
Quem tem uma doença sexualmente transmissível deve avisar seus parceiros que está doente?
É uma responsabilidade e um dever. em alguns caso o médico tem obrigação de fazer essa notificação -mas só em alguns casos. É claro que nenhum médico vai fazer isso por terrorismo. Geralmente a gente pede ao paciente para que traga o parceiro ou a parceira para que a gente possa conversar junto. E às vezes é necessário fazer isso porque se você trata de uma DST em alguém, e não trata o parceiro, a pessoa vai se reinfectar (pegar a doença novamente). Daí o tratamento não adianta nada. Doenças sexualmente transmissíveis são um problema de duas pessoas, não de uma. Às vezes mais de duas...
Jovens devem contar para os pais que têm uma doença sexualmente transmissível?
Pai e mãe às vezes ajudam muito. Às vezes, não. Isso depende do menino e da menina. Mas se um jovem não consegue ir ao médico sozinho, tem que ir com pai e com a mãe. Se ele consegue ir sozinho, vai. O médico não é obrigado a contar nada para os pais. O menino e a menina podem querer segredo médico e é um direito deles.
SÍFILIS
A sífilis é uma doença do passado?
Não. A sífilis é uma doença muito freqüente, provocada por uma bactéria, e ela pode não apresentar nenhum sintoma. Você pode ter sífilis achando que não tem, e o único jeito de saber é fazer a sorologia (exame de sangue). A sífilis não dá corrimento. A sífilis pode provocar uma ferida, geralmente sem dor, na região genital. A sífilis tem tratamento e precisa ser tratada quando descoberta.
HEPATITE B
Hepatite B é transmissível por sexo?
Sim, a hepatite B é uma doença sexualmente transmissível. As pessoas não têm medo da hepatite B mas ela pega muito mais facilmente do que o HIV. A hepaptite B é um vírus. Ele pode causar uma hepatite bastante simples ou então uma hepatite super severa que pode até matar. E a hepatite B, ao contrário da hepatite A, torna-se uma doença crônica, ou seja, o vírus pode ficar dentro de você o resto da sua vida, e se ele ficar dentro de você, ele vai "comendo" o seu fígado. Você pode, no decorrer dos anos, desenvolver cirrose, insuficiência hepática e até câncer de fígado. Essa doença é terrível. O controle e o tratamento são difíceis, pega-se por via sexual e tem vacina, quer dizer, ninguém precisa pegar, basta tomar a vacina. O HIV não tem vacina, hepatite B tem.
HPV (CONDILOMA)
O que é o HPV?
O HPV é um vírus chamado "papilomavírus", de transmissão sexual -ele também pode ser transmitido de outras maneiras, por contato, mas ele é um vírus de transmissão sexual. Há muitos tipos de HPV, e alguns estão relacionados ao câncer, tanto no colo uterino como no pênis. Mas não é que você vai pegar o vírus hoje e vai ter câncer amanhã. Demora. Mas existe essa possibilidade. Mas é preciso tratar esse vírus. Outros tipos de HPV não estão ligados diretamente ao surgimento do câncer, mas eles podem causar outros problemas, como verrugas genitais, chamadas condilomas. No homem é mais fácil de perceber porque os órgãos genitais são externos, na mulher às vezes não se percebe, porque a lesãozinha está lá no colo do útero. O homem também pode ter lesões internas, na uretra, e é por isso que quando há suspeita, a gente faz um exame interno, chamado "peniscopia" no homem. Para a mulher o mais fácil é detectar isso no papanicolau. Ou seja, ir ao ginecologista com freqüência pode evitar um monte de doenças, inclusive papilomatovirose (doença provocada pelo HPV).
GONORRÉIA
Como é a gonorréia?
A gonorréia é uma doença provocada por uma bactéria. No homem ela tem como sintoma corrimento, chamado de uretrite, e dói quando faz xixi. A mulher freqüentemente tem uma gonorréia assintomática, ou seja, sem sintomas. Isso quer dizer que ela pode transmitir a doença sem saber que a tem. Às vezes a gonorréia pode entrar no útero e se espalhar pelos ovários e trompas, provocando o que se chama de "doença inflamatória pélvica", uma doença grave que exige uso de antibióticos e pode precisar de uma intervenção cirúrgica.
HERPES LABIAL E GENITAL
Quem tem herpes labial pode transmitir herpes aos órgãos sexuais do parceiro ao fazer sexo oral?
Há três vírus que provocam herpes: o vírus da herpes simples 1, da herpes simples 2 e o da herpes zóster. Os que nos interessam são o vírus da herpes simples 1 e o vírus da herpes simples 2. O vírus da herpes simples 1 gosta mais da boca. O tipo 2 gosta mais da região genital. Mas eles podem trocar. Você pode pegar o vírus 1 na região genital e pegar o vírus 2 na região bucal, basta você fazer sexo oral desprotegido.






http://www.salves.com.br/virtua/aidscura.htm









MEDICAMENTOS ANTI-HIV
A melhor maneira de combater o vírus é impedir sua multiplicação. É o que fazem os medicamentos anti-HIV, que devem baixar a carga viral, tornando-a indetectável e, se possível, restaurar a imunidade.
Para que o tratamento anti-HIV seja mais eficaz, é recomendável iniciá-lo antes que a pessoa tenha alguma doença e que seu sistema imunológico esteja muito enfraquecido. É a razão pela qual, hoje, muitas pessoas infectadas pelo HIV fazem um tratamento enquanto dispõem de boa saúde.
Todavia, o início de tratamento raramente ocorre com urgência. É importante informar-se bem com seu médico, grupos e outras pessoas sob tratamento e se preparar antes de começar um tratamento anti-HIV.
O estado de saúde de cada pessoa, o estilo de vida e preferências pessoais vão influenciar a escolha das drogas anti-retrovirais. A seguir, alguns tópicos que devem, também, ser considerados:
A combinação de drogas deve ser forte o suficiente para baixar a carga viral aos mais baixos níveis possíveis, que irão reduzir os riscos do surgimento de doenças oportunistas no futuro;
Na terapia combinada é melhor não incluir nenhuma droga anti-retroviral que já tenha sido usada como monoterapia;
Ao escolher a primeira combinação de drogas é importante planejar a longo prazo. O ideal é que o infectologista informe qual é a segunda opção, caso a primeira falhe;
Existe a possibilidade do aparecimento de efeitos colaterais. Assim, antes de iniciar a terapia é prudente levá-los em consideração e discuti-los com o médico;
Alguns anti-retrovirais interagem de maneira ruim com outros medicamentos que possam estar sendo tomados. Podem tornar-se menos eficazes ou, por outro lado, até perigosos. É indispensável, portanto, que o médico esteja ciente das outras medicações utilizadas junto com o coquetel.
Momento ideal para iniciar o tratamento com o coquetel
Neste assunto, não há respostas prontas: ninguém sabe qual é o momento ideal para o início da terapia. A decisão vai depender das condições de saúde da pessoa e da linha científica adotada pelo médico. O certo é que, no Brasil, existe um consenso elaborado por técnicos do Ministério da Saúde que indica parâmetros para início do tratamento.
Segundo o documento, deve-se dar medicamentos quando a carga viral superar 100.000ml e CD4 tornar-se inferior a 500mm³. Pessoas com CD4 maior que 500/mm³ só devem iniciar a terapia quando a carga viral for maior a 100.000 cópias/ml.
A terapia combinada vem apresentando bons resultados em diferentes estágios da infecção (pessoas com ou sem sintomas). Isso significa que não há evidências da relação entre tempo e melhores resultados.
FUNÇÕES DO COQUETEL
COMO AGEM OS MEDICAMENTOS?
O HIV infecta as células do sistema imunológico (principalmente as células CD4) e as utiliza para fazer novas cópias do vírus. Estas cópias, então, continuam infectando outras células vizinhas. Com o tempo, isso vai diminuindo a habilidade do corpo em combater infecções.
As drogas anti-retrovirais agem impedindo o HIV de se reproduzir dentro das células CD4, cessando a infecção de novas células pelas suas cópias. Ao fazer isto, a quantidade de HIV no organismo diminui e o dano que ele pode causar ao sistema imunológico também é reduzido.
O QUE É TERAPIA COMBINADA?
Significa usar duas ou mais drogas juntas, o que popularmente se conhece como coquetel. Monoterapia é o uso de uma droga por vez. Foi provado que terapia combinada é muito mais eficaz e duradoura do que monoterapia, na tarefa de reduzir a quantidade de HIV presente no organismo, prevenindo, assim, o desenvolvimento dos sintomas da Aids.
Quando uma população de vírus é combatida por mais de uma droga, torna-se mais raro o surgimento de vírus mutantes ou resistentes. Hoje, a monoterapia é utilizada somente por gestantes infectadas pelo HIV, em esquema de quimioprofilaxia da transmissão mãe-filho.
EFEITOS COLATERAIS
COMO DIMINUÍ-LOS?
Visando diminuir ou eliminar alguns efeitos colaterais, médicos e pacientes estão experimentando trocar o esquema de drogas. Vários estudos em andamento sugerem que esta estratégia pode ser bem-sucedida no caso de redução de níveis de triglicérides e colesterol, ao contrário do que ocorre com a lipodistrofia, para a qual, até o momento, não existe resposta definitiva.
Em alguns casos, as reações adversas são mais severas no início do tratamento, mas diminuem com o tempo, se a pessoa puder tolerá-las. Em outros, podem ser controladas pela sensibilização, isto é, iniciar-se a droga com dose menor do que a habitual, aumentando-a gradativamente.
De qualquer forma, conscientização é a palavra-chave na hora de aliviar ou eliminar os efeitos colaterais dos antivirais: cabe aos médicos informar seus pacientes sobre as potenciais reações (a maioria não experimenta reação alguma). Mas, é obrigação do paciente comunicar ao médico todas as sensações diferentes devidas aos remédios, mesmo as aparentemente simples.
EFEITOS SECUNDÁRIOS ESPECÍFICOS
Certas classes de drogas são associadas com maior freqüência a efeitos secundários específicos. Por exemplo, alguns análogos de nucleosídeos (AZT, ddI, 3TC etc.) tendem a causar reduções no número de glóbulos brancos e toxicidade mitocondrial (ataque a filamentos no interior das células).
Alguns inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (delavirdina, nevirapina, efavirenz) causam mais reações cutâneas (doenças na pele). Já o tratamento anti-HIV de longo prazo, especialmente os que empregam regimes que incluem um inibidor da protease (indinavir, saquinavir, ritonavir etc.), é associado a elevações do nível de gordura no sangue (diabetes) e redistribuição de gordura no organismo (lipodistrofia).
EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS
Entende-se por efeitos colaterais, também conhecidos como efeitos secundários, toxicidade farmacológica ou reações adversas, qualquer reação inesperada produzida por um medicamento. Podem ser leves e transitórios; moderados e persistentes; graves ou potencialmente mortais e, infelizmente, alguns destes efeitos não são confirmados até que o fármaco esteja aprovado, devidamente comercializado e utilizado por milhares de pessoas.
Os efeitos colaterais mais freqüentes que se apresentam no início do tratamento incluem cansaço, náusea, vômitos, diarréia, dores musculares, dor de cabeça e irritação de pele. Outros efeitos variam de acordo com o tipo de remédio que está sendo usado. Pacientes com Aids em estágio avançado tendem a apresentar reações adversas com mais freqüência.
OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO COQUETEL E QUANTO TEMPO ELES DURAM
A terapia combinada previne o desenvolvimento das infecções, diminui a carga viral e aumenta a contagem de CD4. Algumas semanas após o início do tratamento, muitas pessoas sentem que recuperaram o apetite e o peso e ainda, sua energia e bem-estar.
Pode-se, inclusive, aumentar o interesse sexual. Entretanto, ainda não se sabe com certeza durante quanto tempo a combinação de drogas irá manter seus benefícios. Até agora, mostrou-se efetiva por, pelo menos, dois anos.
FALHAS E RESISTÊNCIAS
Se a carga viral aumentar rapidamente ou de maneira sistemática, durante um tempo, mesmo com o uso da terapia combinada, isto indica que se está diante de um HIV resistente a alguma droga. Para evitar esse problema, recomenda-se:
Não incluir na terapia combinada drogas anti-retrovirais que já tenham sido usadas em monoterapia (uso de um só remédio);
Tomar as drogas nos horários certos e com dieta adequada;
Encontrar uma combinação que consiga reduzir a carga viral e mantê-la muito baixa, preferivelmente em níveis indetectáveis.